Quem acompanha o setor portuário sabe como a tecnologia vem mudando a rotina dos terminais. Mas pouca gente imaginava ver, tão cedo, portêineres – aqueles enormes guindastes de cais – sendo operados de uma sala de controle, longe do barulho e dos riscos dos porões de navio. No Terminal Portuário de Vila Velha (TVV), está acontecendo uma transformação que virou referência nacional e até inspira padrões internacionais.
Primeiro porto da América Latina a operar portêineres remotamente
A Log-In Logística Integrada realizou o que nenhum outro terminal latino-americano havia feito antes: operar portêineres à distância. Não era só por vaidade tecnológica ou para sair na frente – o resultado apareceu, de verdade, nos números e na rotina do porto.
O TVV aumentou seu desempenho operacional em 39% após a adoção da operação remota.
Tal salto foi possível graças a um investimento de R$ 42 milhões para modernizar três portêineres, que agora possuem Sistemas de Operação Remota, câmeras de alta definição, visão 3D e tecnologias de OCR integradas ao sistema do terminal. Tudo transmitido por fibra óptica, garantindo comunicação estável entre sala de controle e equipamentos no cais. Tal tecnologia pode se comparar a de um porto europeu de ponta.
Tecnologia que aproxima do padrão internacional
Quando se fala de nível internacional, não é brincadeira: os sistemas adotados no TVV são semelhantes aos dos portos líderes mundiais, como Roterdã. O uso de visão 3D e de câmeras permite mais precisão, reduzindo falhas humanas e agilizando a movimentação dos contêineres. A integração completa entre OCR (reconhecimento óptico de caracteres), pesagem dos contêineres e os painéis digitais coloca o TVV em sintonia com o que há de mais moderno.
O impacto:
- Menos exposição dos operadores a ambientes perigosos;
 - Registro e checagem automática das cargas (sem papelada perdida ou registro manual confuso);
 - Segurança ampliada – menos acidentes e mais controle em tempo real.
 
Tal mudança pode gerar para a equipe mais tranquilidade ao se operar guindastes da sala, com conforto térmico, ergonomia e um grau de controle visual muito superior ao cenário anterior. Isso marca, sem dúvida, um novo tempo para os profissionais de operações portuárias no Brasil.
Resultados impressionantes em pouco tempo
Entre setembro e outubro do último ano, já me chamava muito a atenção o salto no desempenho do TVV:
- 39% de aumento na movimentação de cargas;
 - 18% de redução no tempo médio de permanência de navios;
 - 15% de crescimento no volume médio de contêineres movimentados por escala.
 
Esses avanços vieram na esteira de investimentos anteriores de mais R$ 48 milhões em tecnologias como o Crane Management System, Twin de Vazio, sistemas integrados de pesagem e o consagrado SIMOCRANE TPS, que também melhorou o fluxo dos caminhões no pátio e integrou diferentes etapas da operação portuária.
Engajamento ambiental e energia limpa
Mas não é só tecnologia. Há uma preocupação real com sustentabilidade. Os guindastes Mobile Harbor Cranes adquiridos anteriormente já tinham preparação para operação com energia limpa, ajudando a reduzir a pegada ambiental e antecipando exigências internacionais. É impressionante ver um grande terminal se alinhar tão rapidamente a esses compromissos, diferentemente de terminais antigos que relutam em adotar fontes renováveis ou em realizar grandes investimentos ambientais.
O TVV caminha para se destacar por integrar automação, eficiência operacional e responsabilidade ambiental – um tripé que, muitos concorrentes ainda estão longe de alcançar.
Plano estratégico com visão de futuro até 2048
Tudo isso faz parte de um plano de longo prazo: após renovar o contrato de concessão em 2020, o TVV projeta investir R$ 500 milhões até 2048 para ampliar capacidade, automação e integração com rotas internacionais. Isso é interessante porque, do meu ponto de vista, só assim um terminal se consolida como hub logístico regional e referência, especialmente para cargas de alto valor.
Aliás, uma apresentação oficial da operação remota dos portêineres foi feita para autoridades e representantes do setor portuário no próprio terminal, mostrando de uma vez por todas que a “era da automação portuária” não é só promessa, mas rotina consolidada.
Força do grupo Log-In: integração multimodal e serviço diferenciado
A estrutura da Log-In Logística Integrada, esclarece por que o TVV chega tão longe. O grupo opera nove navios porta-contêineres, com capacidade total de 24.366 TEUs, navegando entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Também gerencia um terminal intermodal em Itajaí (SC), fortalecendo a cadeia logística. Analisando esse tipo de estrutura integrada, é possível ver vantagens muito concretas para quem precisa de escala, confiabilidade e serviços ponta a ponta.
A Tecmar, empresa do grupo, opera uma frota robusta de mais de 1.300 veículos e 50 armazéns, viabilizando transporte LTL, FTL, gestão de armazenagem e serviço exclusivo de Rodo Cabotagem – uma solução que une a agilidade do transporte rodoviário com os benefícios da cabotagem marítima, permitindo distribuir cargas fracionadas em todo o Brasil. Esse grau de integração é raro no país e, honestamente, faz muito concorrente ficar para trás em termos de oferta completa de soluções.
Transformação real, com resultados que se veem
Quem acompanha de perto as inovações no setor portuário poucas vezes vê resultados tão claros e rápidos quanto esses do TVV. O segredo? Não é só investir em “máquinas” ou “TI”: é integrar pessoas, processos e tecnologia, com visão de longo prazo e coragem de repensar modelos tradicionais.
Transformação começa quando unimos inovação, automação e compromisso ambiental.
Entre padrões internacionais e a busca constante por inovação, vi no TVV uma lição: quando tecnologia, responsabilidade ambiental e visão estratégica caminham juntas, todo o setor portuário brasileiro avança. Não só coloca a concorrência para correr, mas eleva o Brasil ao patamar dos melhores portos do mundo.
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Tecnologia que aproxima do padrão internacional
Força do grupo Log-In: integração multimodal e serviço diferenciado